sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Alma silenciosa


Ás vezes ela se sente sozinha, tão sozinha que não consegue enxergar nada à sua volta. Chega em casa, larga os seus livros num canto (qualquer canto), e se abandona diante da sua solidão. Ela sabe como é bonita a vida lá fora, mas prefere enclausurar-se dentro do seu mundo, como se mais nada lhe restasse, como se o seu destino fosse ser (e permanecer) inerte pelo resto de sua vida. E ela é uma menina cheia de anseios, embora ainda não saiba defini-los com certeza, ela os têm com fervor. Mas prefere ter medo e se acorvardar diante das dificuldades que lhe surgem. Amigos? ela têm, poucos e bons, como costuma dizer. Logo, não é a falta deles que a faz padecer, que a entristece e a angustia. É algo que nem ela mesma sabe explicar. A solidão é boa de vez em quando, nos faz pensar na vida, colocar as ideias em ordem, mas ela ultimamente tem pensado tanto, que sua existência tem se resumido quase que exclusivamente a isso.
Vez ou outra ela chora, quando está sozinha, claro. Não gosta que as outras pessoas compartilhem de sua fraqueza. Para todos, aquela menina é feliz. Ela faz questão de parecê-lo. Talvez ela seja. A felicidade é algo que a gente encontra com o tempo, é algo que buscamos. Ela tem buscado, à sua maneira, essa felicidade. De uma forma ou de outra, ela a encontrará. Seja pensando na vida e colocando as ideias em ordem, seja encontrando uma forma de não levar a vida tão a sério, cobrando-se e punindo-se menos. Talvez a felicidade dessa garota esteja nisso: em ser solitária, em pertencer ao seu mundo, à sua plenitude... A felicidade está nos olhos de quem vê!


2 comentários:

  1. E Bruna Caram canta assim: mesmo quando a boca cala o corpo quer falar...


    Nyly

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  2. Sabida ela, né?! concordo e assino! Obrigada pela visita, prima. Amo!

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