terça-feira, 21 de setembro de 2010

Porque eu gosto de compartilhar =)

Disritmia
Martinho da Vila

Eu quero me esconder debaixo dessa sua saia
Pra fugir do mundo, pretendo também me embrenhar
No emaranhado desses seus cabelos
Preciso transfundir seu sangue pro meu coração,
Que é tão vagabundo...
Me deixe te trazer num dengo

Pra num cafuné fazer os meus apelos...
Eu quero ser exorcizado

Pela água benta desse olhar infindo
Que bom é ser fotografado
Mas pelas retinas dos seus olhos lindos
Me deixe hipnotizado pra acabar de vez
Com essa disritmia...
Vem logo, vem curar teu nego

Que chegou de porre lá da boemia...

* Gravada por Zeca Baleiro no CD "Vô Imbolá"

Outro parêntese.

E eu tenho culpa de sentir essa coisa desmesurada, desmedida, tão boa e tão indesejada? tenho culpa de ter meus pensamentos única e exclusivamente voltados para um dia, um encontro, um momento? Pensamentos surgem e são incontroláveis por mais que a gente tente ter domínio sobre eles. O ruim de tudo é que a gente não pode transformar os pensamentos em realidade sempre que temos vontade, seria tão bom se as pessoas estivessem por perto para suprir nossas carências, nossos medos e solidão.
E a vida que aproxima as pessoas de maneira tão especial, esqueceu de me avisar o significado da palavra SAUDADE...

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

... [2]


"Se tivesse acreditado na minha brincadeira de dizer verdades, teria ouvido verdades que teimo em dizer brincando; falei como um palhaço mas jamais duvidei da sinceridade da plateia que sorria."
- Charles Chaplin -

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

E vasculhando meus e-mails, achei este texto...




Assédio moral no trabalho: Chega de Humilhação!*


O mundo globalizado impõe à classe trabalhadora uma melhor qualificação profissional. O trabalhador de hoje é diferente do antigo. É o meio em que trabalha que o torna mais competitivo, mais individualista e autônomo. Homens e mulheres em todas as partes do mundo são pressionados pelos seus dirigentes a mostrar produtividade no trabalho. Há, portanto, a dificuldade do espírito de cooperação, o que ocasiona a falta de comunicação direta entre empregadores e empregados e entre os próprios trabalhadores da mesma classe.

Diante disso, são cada vez mais comuns em quase todos os ambientes de trabalho práticas de assédio moral. Este algoz da classe trabalhadora é praticado com o intuito de afastar o trabalhador do ambiente e das relações de trabalho de diversas formas: através de intimidações, ameaças, humilhações e, na maioria dos casos, isolamento. O trabalhador é induzido a pensar que não está cumprindo suas funções de maneira satisfatória e quase sempre se vê obrigado a pedir demissão.

Falta de ética. Vergonha. Desumanização do ambiente de trabalho. Comportamento deplorável. Todos estes termos definem bem o assédio moral, que atinge aos trabalhadores de todas as classes (empresários, trabalhadores braçais e executivos), chega a ser tão antigo quanto o próprio trabalho e sempre causou sequelas graves nos que têm que passar por tais constrangimentos.

De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), 12 milhões de europeus alegam ter sofrido algum tipo de assédio moral no trabalho. No Brasil, faltam órgãos que denunciem as agressões e trabalhadores que assumam sofrê-las. Mesmo assim, pesquisas feitas em São Paulo no início de 2008, mostraram que 42% de trabalhadores de empresas de diversos setores afirmam que já passaram por algum constrangimento no trabalho.

Os agredidos, na maioria das vezes, não conseguem perceber e diagnosticar o mal que sofrem. Os agressores julgam que seu comportamento está totalmente dentro da normalidade. A sociedade está omissa e indiferente. Então, de quem é a responsabilidade? Não é coerente “jogar” a culpa apenas na falta de leis mais severas que punam os agressores. Sociedade e trabalhadores devem agir em conjunto. Menos omissão, mais conscientização e muito mais denúncia. Só assim se vencerá este “inimigo” que hostiliza e oprime a classe trabalhadora.


Este texto foi escrito na época em que eu trabalhava na assessoria de imprensa de um sindicato, em 2008. Não lembrava mais disso. O interessante é a maneira como a gente tem que escrever: de acordo com quem vai ler. Legal essa lembrança.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

O Amigo


O amigo que eu encontrei me surpreendeu
Quando todos me deixaram, Ele me acolheu
E sarou minhas feridas, das algemas me livrou
Lhe falei do meu dilema e Ele me escutou
Lhe falei do meu passado e me perdoou
Isto teve um alto preço que Ele já pagou:
Me mostrou as mãos feridas, por amor de muitas vidas
E uma destas muitas vidas era eu

Quem neste mundo amor tão grande pode ter
De entregar a própria vida sem temer?
Quem já sentiu a dor de ser cravado numa cruz,
Pagando pelos erros que não cometeu?
E olhar nos olhos de quem tanto mal lhe fez
E sem ressentimento oferecer perdão?
Quem pode ser melhor amigo que o SENHOR,
Que pelo servo a própria vida renunciou?

Sérgio Lopes

Estava refletindo no tamanho do amor que Deus tem para conosco e ouvindo Sérgio Lopes. Não há nada melhor do que esta música para que entendamos a magnitude deste amor. É incrível a quantidade de vezes que eu já chorei ouvindo esta canção.

domingo, 5 de setembro de 2010

Das minhas angústias


Tenho andado distraído, impaciente e indeciso”. Resolvi começar este post com tal verso de Renato Russo porque ele ilustra exatamente o momento pelo qual estou passando: mais cheio de dúvidas, incertezas e falta de confiança de todas as épocas dos meus 22 anos.

Sabia que ia ser assim depois da faculdade, imaginava que as dúvidas aflorar-se-iam com o término de tudo. A responsabilidade teria que sair só da teoria, afinal, eu havia concluído a faculdade, o curso que eu sempre quis fazer desde que me entendo por gente. Teria que arrumar emprego na área que eu escolhi (o que é bem difícil, se levarmos em consideração a quantidade de jornalistas bons e desempregados) e, pior de tudo, teria a obrigação de dar satisfação às pessoas, à mim mesma e à minha falta de confiança.

Cada dia que passa parece que tudo tem ficado mais difícil, difícil não, dificílimo. Pode ser (e eu acho que é) que eu me cobre demais, que eu não entenda que ainda tenho muito o que estudar, muito o que aprender nesta vida. Mas isto tem me deixado preocupada. Existem certos sonhos que pegam a gente pelo pé, literalmente. Sonhos realizados, mas frustrados. Desejos que se cumprem a contento, mas que nos deixam angustiados na hora de colocá-los em prática. Não duvido da minha capacidade, mas tenho medo de não conseguir sonhar mais alto, de me acostumar a esperar pelo que é mais fácil.

Talvez seja síndrome de recém-formado desempregado, talvez seja a culpa de quem não soube ouvir conselhos ou quem sabe seja esta maldita TPM que tem me deixado assim. Que amanhã eu acorde melhor, com a certeza de que “o futuro se anuncia num outdoor luminoso”, porque hoje a minha alma grita alto.