domingo, 5 de setembro de 2010

Das minhas angústias


Tenho andado distraído, impaciente e indeciso”. Resolvi começar este post com tal verso de Renato Russo porque ele ilustra exatamente o momento pelo qual estou passando: mais cheio de dúvidas, incertezas e falta de confiança de todas as épocas dos meus 22 anos.

Sabia que ia ser assim depois da faculdade, imaginava que as dúvidas aflorar-se-iam com o término de tudo. A responsabilidade teria que sair só da teoria, afinal, eu havia concluído a faculdade, o curso que eu sempre quis fazer desde que me entendo por gente. Teria que arrumar emprego na área que eu escolhi (o que é bem difícil, se levarmos em consideração a quantidade de jornalistas bons e desempregados) e, pior de tudo, teria a obrigação de dar satisfação às pessoas, à mim mesma e à minha falta de confiança.

Cada dia que passa parece que tudo tem ficado mais difícil, difícil não, dificílimo. Pode ser (e eu acho que é) que eu me cobre demais, que eu não entenda que ainda tenho muito o que estudar, muito o que aprender nesta vida. Mas isto tem me deixado preocupada. Existem certos sonhos que pegam a gente pelo pé, literalmente. Sonhos realizados, mas frustrados. Desejos que se cumprem a contento, mas que nos deixam angustiados na hora de colocá-los em prática. Não duvido da minha capacidade, mas tenho medo de não conseguir sonhar mais alto, de me acostumar a esperar pelo que é mais fácil.

Talvez seja síndrome de recém-formado desempregado, talvez seja a culpa de quem não soube ouvir conselhos ou quem sabe seja esta maldita TPM que tem me deixado assim. Que amanhã eu acorde melhor, com a certeza de que “o futuro se anuncia num outdoor luminoso”, porque hoje a minha alma grita alto.

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