sexta-feira, 16 de julho de 2010

E eu fui mais feliz...




A segunda-feira passada foi mais feliz do que as outras. A minha vida, naquele dia, teve um colorido todo especial. Era dia 12 de julho, aniversário da minha amiga Aninha. Fomos até a casa dela, a convite de sua mãe, para fazermos uma surpresa em comemoração às suas 22 primaveras.
Era um dia chuvoso, uma noite aparentemente triste. O cansaço tomava conta de mim. Tinha trabalhado durante todo o dia e minha cabeça estava a ponto de explodir de tanta dor, era como se o peso do mundo estivesse sobre mim. Mesmo assim, não poderia deixar de prestigiar minha amiga num dia tão especial.
Aninha não sabia de nada. Sua mãe e primas tinham cuidado para que tudo saísse perfeito, para que ela tivesse um aniversário feliz, uma feliz comemoração. Como toda boa menina, gosta de surpresas.
Combinei com outra amiga de não a contatarmos excepcionalmente no dia de seu aniversário, para que ela achasse que havíamos esquecido, ingênua que é. Como posso esquecer-me de quem está comigo sempre em pensamento, em orações, nas músicas que eu ouço, nos programas de TV que assisto... Mas conhecendo-a como conheço, deduzi que pensaria desta forma.
E estávamos todos lá, esperando pelo momento em que ela aparecesse para cantarmos, em coro, aquele famoso “parabéns para você, nesta data querida”. Mas como demorou a chegar aquela menina...
Como é costumeiro em todo aniversário surpresa, uma pessoa tem que sair para distrair o aniversariante enquanto se organiza o local da festa. Pedrinho, irmão de Aninha, foi responsável por esta tarefa. E as horas avançavam, a inquietação já tomava conta de todos os presentes quando, de repente, surge Aninha. Sua mãe havia me dito que ela estava triste por achar que não haveria comemorações no dia do seu aniversário já que, numa segunda-feira, os bares fecham mais cedo, as pessoas trabalham mais cedo no dia seguinte e por aí vai.
Finalmente chegou o motivo da comemoração, VIVA! E ela sorriu de felicidade quando ouviu a palavra “surpresa” da boca de seus convidados. Cumprimentou, de um por um, todos os que estavam presentes. E nós? Eu vinda do trabalho e tendo que voltar cedo para casa; Eduarda por ter que também voltar cedo por morar longe como eu; Adriana e Marcela que, mesmo não morando tão longe quanto nós, também teriam que voltar de ônibus. Aninha não tinha nos visto ali, escondidas atrás da escada.
É engraçado como às vezes precisam acontecer coisas simples para que nós entendamos a importância que as pessoas têm em nossas vidas e o quanto somos importantes para elas. Para mim que não estava num dia bom, saber que sou importante para alguém do jeito que Aninha demonstrou que eu sou para ela, foi a coisa mais linda e significativa: Ela nos viu e chorou. Vou me lembrar sempre daquele choro quando me sentir triste, sem importância. E passei a dar valor às coisas mais simples e puras da vida. A amizade de uma melhor amiga por mais que seja expressa em palavras, não traduz o tamanho desse amor que, certa vez, disseram que nunca morre. Foi o choro (é claro que eu também chorei) mais feliz da minha vida!

Um comentário:

  1. Amiga,que post mais lindo.
    e que honra ter um texto escrito para minha pessoa..
    simplesmente não tenho o comentar..
    só sei q nossa amizade vai ser eterna

    I Love You, Gata! (L)

    beijo =**

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