quarta-feira, 14 de julho de 2010

Se bem que o mar às vezes muda...


“Sexo também é bom negócio. O melhor da vida é isso e ócio.” Quem me conhece sabe que esta assertiva está para mim assim como o queijo está para a goiabada ou o peixe para o mar. Quando ouvi pela primeira vez “Meu amor, minha flor, minha menina”, de Zeca Baleiro, uma das músicas que, na minha opinião, melhor descreve a relação amor/sexo, ainda não tinha atentado para a força da sexualidade. Força que se sobrepõe a todas as certezas, dúvidas, convicções e conceitos que possam existir.
Hoje, aos 22, considero-me bem mais liberta de preconceitos e ideias preestabelecidas do que aos 20, por exemplo. Mas ainda não como gostaria de estar. As necessidades surgem e as pessoas mudam para melhor ou para pior. Os desejos afloram-se. A concupiscência torna-se mais forte do que a razão e o que antes era um desejo futuro, passa a ser a nossa (ou pelo menos a minha) maior e mais incessante busca.
Não faz muito tempo, vivi. Atualmente, encontro-me morta, inerte. As lembranças do tempo em que estive viva é o que não me faz morrer por completo. Os desejos vêm e esvaem-se com a mesma intensidade. No auge da minha vitalidade achei que os desejos não deveriam se sobrepor à moralidade e, mesmo viva, morria por medo, culpa e pela famosa “reputação” que eu fazia questão de manter intacta, sem manchas. Estava viva, mas achava que a “vida” poderia esperar. Engano o meu.

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